sábado, 2 de março de 2013

"Eleições, não!Revoluções, sim!"


Dia desses, andando pelo bairro onde moro, vi algo escrito em um muro que me fez refletir, nele estava pinchado a seguinte frase: “Eleições, não! Revoluções, sim!”. E logo à frente duas garis varrendo a calçada, elas sorriam, aparentemente felizes e eu ainda um tanto quanto indignada com as reflexões até então projetadas sobre a tal frase, analisei dês da reivindicação política da frase até a influência que ela poderia causar sentimentalmente em cada ser. É engraçado ver o mundo em um todo, tirando um pouco o nosso umbigo do centro de nossas pupilas e passar assistir a vida sendo praticada no meio e este meio influenciando a vida de cada ser.

Interpretei a tal frase levando em conta a realista indignação que ela ascendia dentro de mim e o antagonismo ideológico que sentia quando a lia, pois por parte concordava com “Eleições, não!” e em contrapartida defendia “Revoluções, sim!”.

“Eleições, não! (...)”, concordei, pois acredito que com a complexa política corrupta que existe em nossa pátria desde que Brasil é império, as eleições que acontecem no mesmo acabam sendo invalidas e sem perspectiva de melhorias, não quero dizer que brasileiro não presta para política, mas sim o que disse logo acima, o meio influência o ser, então se você entra na política com seus pensamento de um político com caráter, aos poucos você vai perdendo sua essência e se torna mais um José Sarney ou mais um Collor e assim a nação permanece calada, sem utilizar o livre arbítrio, estagnada e como as garis, aparentemente felizes, com seu salário mínimo, com sua provável bolsa família, bolsa escola, minha casa é minha vida e mais um monte de programa socioeconômico que o governo pode fazer para manter a massa populacional em seu lugar, sem ter a inteligência e o senso critico de requerer seus direitos.

“(...) Revoluções, sim!”, defendo com unhas e dentes, pois a partir do momento que entendemos as “Eleições, não! (...)” nasce à vontade de reivindicar, de fazer o possível e o impossível para que o Governo e seus governantes comecem a olhar para a nossa população, para que eles parem de tentar nos enganar, de roubar dinheiro de nós, brasileiros e que “Eleições, não! (...)” se torne ELEIÇÕES, SIM, pois foi com revoluções que conquistamos o direito de eleger e é inaceitável utilizar este direito de voto sabendo que 99% dos políticos que se elegem não tem a correta postura para nos representar e para mudar a realidade atual de nosso país.

Deixo então esta minha pequena tentativa de REVOLUÇÃO, SIM, pois acredito que podemos mudar este cenário, e que temos a capacidade de passar a influenciar o meio. As pessoas nada mais são que a materialização de emoções e essas emoções podem mudar o mundo.
(Ana Luiza G.)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As de dezesseis

Olá, há tempos que não dou meu parecer por aqui, mas ao me recordar deste meu espaço internalta, resolvi postar um texto antigo que estava localizado nos rascunhos do blog, mas que ainda sim, possui valor, ao menos para mim e que nos mostra que o tempo tem força para mudar tudo nesse mundo.

Eu to tentando achar uma palavra menos direta, um pouco mais indolor, mais singular do que as outras que havia pensado para te retratar tudo aquilo que estou sentindo e vivendo. Mas o grande problema de vocês homens é nunca entenderem as entrelinhas. Eu tento ser educada, mostrar de forma uniforme e menos constrangedora que não vai dar certo, eu e você junto, ou "nós" como você se referia. Quando uma de dezesseis vai dar certo com um de vinte e poucos que parece ter dez? E ele ainda faz o favor de lançar um "mimi", "papá", "memédio". Caralho... chega! Agora vou falar a verdade, vou chutar o balde e vou dar um grito de reivindicação pelos direitos da mulher : PORRA! Eu não quero N-A-D-A muito serio por agora, entendeu?

Chego a bufar quando dão cinco horas, e você me liga, fico impaciente, irracional e com vontade de chutar o primeiro que vier na minha frente. Não agüento mais ouvir sua voz. Dá pra entender chuchuzinho?Desculpa, não estou querendo falar nenhuma frase clichê para você, mas nós não temos uma ligação covalente, nem iônica e nem nenhuma outra ligação que exista... Não, não! Não é nada com você, sou eu. Sempre incompleta, sempre querendo estar sozinha, sempre querendo mais do que tenho, o problema não é sua voz tosca, nem seu cabelo perfeito de mais, muito menos o fato de você ficar 24 horas me enchendo o raio do saco. O problema realmente sou eu amorzinho, sou eu e a minha fatal ironia, eu e toda a minha malandragem sarcástica e nada fugaz. Desculpe-me por toda essa enrolação, mas se você quiser me esperar daqui uns cinco ou dez anos, quem sabe eu estarei disponível para tentar algo novamente, porque na boa, por agora quero mais é curtir, curtir, curtir, sem compromisso, sem precisar ficar atendendo a merda do celular de cinco em cinco minutos, sem ter que dar satisfação para você e minha mãe. Você é legal, mas não mais divertido e bacana que as minhas noitadas. Me entede?


(AL. Gonçalves)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Assinado eu

Eu já estou criando certo afeto pelo seu clamor com direito a nome completo e tudo mais, tentando chamar a atenção dos meus olhos orientais, e tristes por toda a guerra interna e inconsciente que acontece dentro do meu vazio.

Há tempos que estou farta de ser subornada para afirmar mentiras, por não aguentar mais essa ditadura fuzilante estou indo embora e deixando em cada esquina um pedaço meu.

Eu esperava mais, muito mais, do que estava a minha volta e vejo que eu posso ter me enganado esperando minhas atitudes em outros rostos. Mas esses dias onde me encontro pulando as possas d'água, decide que vou mergulhar de cabeça nelas, sem medo de me molhar e se tiver que me ferrar, me ferrarei, mas ao menos tentarei, não quero de forma alguma deixar de viver meus desejos para viver o que outros "expert" desejam, simples assim.

Hoje estou disposta a ter de chorar por meus erros e pecados. Acordei em um novo dia, mas desta vez foi diferente de todas as outras, me levantei com vontade de ser madura o bastantes para poder decidir o que quero para mim e para defender com unhas e dentes as minhas verdades, sem ser alienada. Agora sim, sou eu quem está no controle do meu jogo, do meu caminho.

E por enquanto acho melhor eu sair de algo que ainda nem entrei.
(Ana Luiza G.)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Irei atrás de você



Viver enquadrada pode não ser a melhor solução, muito menos tomar café forte para vê se funciona como anabolizantes para uma su-per mi-ne mu-lher ma-ra-vi-lha, talvez tentar achar seu reflexo em meio a um vidro embaçado não seja muito útil e acreditar que meu santo é forte por nunca cruzar com você pelas ruas da cidade não seja uma verdade.

Com o tempo nós vamos aprendendo que temos que criar um ser humano dentro de outro, sem bipolaridades e ainda assim ocupando um mesmo espaço, que temos que ser gélidos com nós mesmos, porque assim aprendemos a ser menos sofredores, mas em contra partida menos bem vividos também. Por que afinal se a vida é feita para se viver, porque é que vou ficar tentando fazer tudo tão pensado? Tudo tão milimetricamente calculado? Se é que há uma razão para que você, eu e o resto do mundo exista que ao menos façamos valer a pena essa historia mundana mal contada.

Eu sei que é normal do ser humano errar e não querer errar, amar e desejar ser três vezes mais amado do que se ama, também compreendo que todos queremos nos esfregar em alguém que gostamos de olhar dentro dos olhos, alguém que nos entenda melhor que nós mesmos. E por mais que Aristóteles, minha avó e minha gata de raça duvidosa acreditem que para ser feliz não se necessita de ninguém além de nós mesmos, eu ainda teimo em crer que precisamos de desejos alheios para que completem os nossos, para que possamos acabar de montar o quebra-cabeça de quinhentas peças. Eu não quero acabar a minha vida tricotando sozinha em uma cadeira de balanço e também não quero passar minha vida pulando o muro do vizinho para defecar na areia, eu só quero ter um pouquinho de felicidade e poder dividir esse pouquinho com mais alguém, será que pode ser?


(Ana Luiza G.)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Em doses

Uma dose de vodka difundida juntamente com um pouquinho de tranqüilidade e frieza pra ver se ameniza esse calor de quarenta graus internos presente nesse meu corpo morno externamente. Desacelere. Conclui que eu posso ser lenta e demorada, não há necessidade de presa, por mais que a vida seja curta e o atraso às sete da manhã me faça perder o ônibus e mostrar o dedo do meio para o filho da puta do motorista que fede a cigarro, ao menos vou ter uma historia pra contar para as minhas colegas que reclamam o tempo todo dos seus namorados, das suas vidas de merda e da chuva que anda caindo diariamente por essas bandas de cá.
Eu não sou nenhuma genialidade atual e também não tenho um currículo espetacular, na verdade nem tenho um currículo. Estou na primeira pagina de um livro de Nietzsche e o que sei de filósofos e coisas do gênero foi o pouco que absorvi durante as poucas pesquisas que fui obrigada a fazer para passar de ano no colégio, no mais, acho todos um bando de cara loucos que usam mais de 10% do cérebro , noiados e sem mulher, que tentam com um certo fracasso desvendar o “eu” do mundo.  Por mais que eu use pouco menos que 10% do meu cérebro, acredito que não preciso andar por ai falando merdas, sofrendo por caras desgraçados e achando que minha vida é a única fudida do mundo, por que afinal com certeza neste momento tem alguém se jogando do vigésimo andar.
A vida na maioria das vezes não é justa e pra falar a verdade parece que ela sente prazer em da preferência para fracassos e sofrimentos. Por mais que façamos tentativas de pular os buracos e chutar as barreiras, lá vem à filha da mãe de novo e nos prega uma peça logo quando pisamos firme no chão. Abri-se o buraco do caos. Uma vez li não sei a onde que é necessário existir o sofrimento para que exista a felicidade. Então o que resta é se reerguer  das cinzas e ter a satisfação de poder gozar da vitoria, jogar-se ao sofrimento para ver se essa tal filosofia, de que só é feliz quem sofre, realmente é verídica.   

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vazio infernal


Já se passaram noventa e oito dias em que mantenho em cativeiro privado um sentimento torturado, ainda me encontro com uma insolente indecisão. Já fiz curativos, também retirei alguns, torturei mais um pouco e nada de haver reações, nada de um pedido de misericórdia, nem um mero grito de dor, um sorriso sarcatisco, apenas aquelas mesmas pupilas dilatadas e viajantes, um par de olhos negros e vagos que eu jamais havia visto.

Eu poderia ter tentando ser um pouco mais corajosa como demonstro em meus trajes de guerrilheira, na minha bota suja de merda e nas minhas armas sadomasoquistas sentimentais.  Eu deveria ter sido uma atleta melhor e corrido atrás do que necessito, por mais que odeio sentir aquela dor lateral na barriga, eu sei que valeria apena. Mas acontece que preferi ficar descontente me contentando com o pouco que eu poderia encontrar nas esquinas da vida, preferi ficar degustando aperitivos e nunca me deliciar com o prato principal.  


Durante algumas madrugadas de insônia eu trenei alguns discursos, alinhei alguns passos, trabalhei duro em um mapa que detalhava com precisão como fazer as coisas darem certo na minha vida fudida, mas como já não é de se surpreender decide não colocar em pratica nem 1/3 do que havia planejado, sabe como é... Não é mesmo?!É melhor me manter na minha zona de conforto, não arrisco, apenas continuo petiscando, por medo, covardia, comodismo, ou apenas por querer preservar a sua felicidade individual e egoísta que não dá a mínima para o meu vazio infernal.

Talvez eu tenha sido cruel de mais comigo mesma. Essa historia toda de aceitar pacificamente a minha autoflagelação e canalização de aceitamentos sujos. Sei que como devota de filmes de amor e comedia romântica, eu deveria ter feito mais, mas como sou infiel comigo mesma, ter fidelidade as minhas lagrimas e ferreiros Roche assistindo a mais uns clichês do amor não é bem a minha cara.
Todos aqueles planos e juras que fiz debaixo do edredom não foram mentiras, já as suas juras não sei o quanto foram verdadeiras contigo e comigo. Por enquanto eu deixarei livre a tua arrogância e com certeza não irei te esquecer, por mais que me trate como uma desconhecida na populosa metrópole belorizontina.
(Ana Luiza G.)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O mundo e seus clichês

Tem dias que nós somos obrigados a acordar bem, mesmo que as olheiras ainda insistentes apareçam, mesmo que o lado mulherzinha baixe logo às seis da manhã. Temos a obrigação de acordar, porque dormir no ponto não dá, é perda de tempo. Pode-se tentar de modos diferentes colocar um objeto de formato triangular em uma forma de geometria quadrada, mas acontece que é algo impossível e insistir impiedosamente no impossível, é burrice.

Sabe qual é a maior ironia da vida? É dizermos que andamos não fazendo nada, pois por um bom tempo o mundo deu uma pausada brusca em nossas vidas monótonas e igualmente idiota, quando na verdade vivemos fazendo movimentos elípticos, rotações e translações e mais alguns tipos de voltas redondas, indiferentes e chatas que fazemos em trezentos e sessentas e cinco dias.

Quando não há um ponto para o começo, o meio e o fim... É difícil seguir em frente, mesmo que sem ter um centro do mundo, do nosso mundo, temos que andar por ai, continuamente, dando voltas e mais voltas. Encontremos Plutão. Encontremos Marte. Encontremos Júpiter e alguns outros planetas que tenha por ai. Sempre procuramos algo onde não tem, um ponto onde não há fim, um centro no canto do mundo, sempre procuramos por uma luz que nos guie, por uma luz que seja a razão do mundo ser mundo, o motivo para que os opostos se atraiam. Um motivo para que as diferenças sejam tentadoras. Procura-se, pelo menos por mim, um motivo para que eu desista de você e eu, ou se preferir, nós.

(Ana Luiza G.)