Uma dose de vodka difundida juntamente com um pouquinho de tranqüilidade e frieza pra ver se ameniza esse calor de quarenta graus internos presente nesse meu corpo morno externamente. Desacelere. Conclui que eu posso ser lenta e demorada, não há necessidade de presa, por mais que a vida seja curta e o atraso às sete da manhã me faça perder o ônibus e mostrar o dedo do meio para o filho da puta do motorista que fede a cigarro, ao menos vou ter uma historia pra contar para as minhas colegas que reclamam o tempo todo dos seus namorados, das suas vidas de merda e da chuva que anda caindo diariamente por essas bandas de cá.
Eu não sou nenhuma genialidade atual e também não tenho um currículo espetacular, na verdade nem tenho um currículo. Estou na primeira pagina de um livro de Nietzsche e o que sei de filósofos e coisas do gênero foi o pouco que absorvi durante as poucas pesquisas que fui obrigada a fazer para passar de ano no colégio, no mais, acho todos um bando de cara loucos que usam mais de 10% do cérebro , noiados e sem mulher, que tentam com um certo fracasso desvendar o “eu” do mundo. Por mais que eu use pouco menos que 10% do meu cérebro, acredito que não preciso andar por ai falando merdas, sofrendo por caras desgraçados e achando que minha vida é a única fudida do mundo, por que afinal com certeza neste momento tem alguém se jogando do vigésimo andar.
A vida na maioria das vezes não é justa e pra falar a verdade parece que ela sente prazer em da preferência para fracassos e sofrimentos. Por mais que façamos tentativas de pular os buracos e chutar as barreiras, lá vem à filha da mãe de novo e nos prega uma peça logo quando pisamos firme no chão. Abri-se o buraco do caos. Uma vez li não sei a onde que é necessário existir o sofrimento para que exista a felicidade. Então o que resta é se reerguer das cinzas e ter a satisfação de poder gozar da vitoria, jogar-se ao sofrimento para ver se essa tal filosofia, de que só é feliz quem sofre, realmente é verídica.
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