segunda-feira, 19 de março de 2012

Irei atrás de você



Viver enquadrada pode não ser a melhor solução, muito menos tomar café forte para vê se funciona como anabolizantes para uma su-per mi-ne mu-lher ma-ra-vi-lha, talvez tentar achar seu reflexo em meio a um vidro embaçado não seja muito útil e acreditar que meu santo é forte por nunca cruzar com você pelas ruas da cidade não seja uma verdade.

Com o tempo nós vamos aprendendo que temos que criar um ser humano dentro de outro, sem bipolaridades e ainda assim ocupando um mesmo espaço, que temos que ser gélidos com nós mesmos, porque assim aprendemos a ser menos sofredores, mas em contra partida menos bem vividos também. Por que afinal se a vida é feita para se viver, porque é que vou ficar tentando fazer tudo tão pensado? Tudo tão milimetricamente calculado? Se é que há uma razão para que você, eu e o resto do mundo exista que ao menos façamos valer a pena essa historia mundana mal contada.

Eu sei que é normal do ser humano errar e não querer errar, amar e desejar ser três vezes mais amado do que se ama, também compreendo que todos queremos nos esfregar em alguém que gostamos de olhar dentro dos olhos, alguém que nos entenda melhor que nós mesmos. E por mais que Aristóteles, minha avó e minha gata de raça duvidosa acreditem que para ser feliz não se necessita de ninguém além de nós mesmos, eu ainda teimo em crer que precisamos de desejos alheios para que completem os nossos, para que possamos acabar de montar o quebra-cabeça de quinhentas peças. Eu não quero acabar a minha vida tricotando sozinha em uma cadeira de balanço e também não quero passar minha vida pulando o muro do vizinho para defecar na areia, eu só quero ter um pouquinho de felicidade e poder dividir esse pouquinho com mais alguém, será que pode ser?


(Ana Luiza G.)

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