Exercemos essa função a todo dia, a cada novo instante de nossas vidas estamos nada menos e nada mais do que desaparecendo lentamente, deixando pouco a pouco esse mundo em que acreditamos existir, vamos caminhando passo a passo para o fim ou até mesmo para o recomeço, iremos assim, sem deixar nenhum indicio de que estivemos aqui neste lugar, um crime perfeito é como podemos chamar isso, de uma grande elaboração, uma grande perfeição, onde tudo tem começo, meio e fim. Ás vezes pode ter um começo não muito bom, um meio muito conturbado e um fim sempre, sempre tranqüilo, é claro , é obvio, é lindo, é de uma perfeição inenarrável o fim de todas as coisas deste nosso mundão. Com certeza nem todo mundo consegui ver com esses olhos, nem sempre é possível olhar o lado bom da coisa, o ser humano é a imperfeição que mais amo (sim, sou apaixonada com coisas com defeitos, mas prefiro chamar os defeitos de personalidade) e uma das suas grandes imperfeições ou apenas um medo normal de seres mortais, é sempre temer o desconhecido.
A morte, por exemplo, sempre muito imponente sobre todos nós, que se sentem amedrontados até mesmo quando vão falar dela, falam com uma irreverência que podemos comparar com a irreverência dos ‘velhos’ gregos com seus Deuses. AA homem, sempre dando um de esperto, durante seu inicio, durante seu meio, mas quando chega seu fim, ai sim a coisa pega, ai sim ele volta pra o lugar, toma jeito, retrocedi até chegar antes do seu inicio.
(AL. Gonçalves)

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