Cansar da monotonia de algo ou alguém por saber sempre o que vai acontecer, saber que vai ser aquela mesma velha historia de sempre, sabendo logo o que vai acontecer a cada fração de segundo, qual vai ser o próximo movimento, a próxima palavra, o próximo olhar, o próximo pensamento, nunca mudando o jeito de agir, o jeito igualzinho de sempre, como se fosse sempre um déjà vu tudo o que acontece entre nós. Mas então chega um dia em que cansamos disto tudo, jogamos tudo para o ar, nos entregamos para a mudança de planos, desviamos deste ciclo vicioso, tentando desfrutar e experimentar coisas nunca experimentadas por nossos corpos e nossas almas, tentativas de aumentar a nossa aura, tentativa às vezes inútil de aumentar o nosso ser, o retirando do circulo e o colocando em uma estrada com retas, curvas inclinadas para direita, às vezes para esquerda, subidas, descidas, uma estrada dita “sem fim”, com variados obstáculos e de vez em quando apenas uma reta limpa e fácil de trafegar, o que definimos como os momentos tranqüilos de nossas vidas , não confundam estes instantes da caminhada com a monotonia do circulo, é apenas um momento pacifico da longa estrada da vida. Então voltamos a viver, voltamos a nos surpreender com as pessoas, com as situações estremas que essa caminhada nos leva, sem saber um nada do futuro, sempre com uma grande sede de continuar o caminho irregular, levando sustos, levando tombos, nos levantando, sorrindo por poder ver de outro angulo, sem ser o da circunferência, o brilho do sol, o céu azul, as coisas novas que nos foram apresentadas ao longo de tudo isto. E no final da estrada achamos a fonte do poder de voar por lugares mais amplos que nossos olhos podem ver.


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