Eu gostaria de estar ao seu lado neste momento, te abraçando, te agarrando ou apenas te olhando, até mesmo rindo de você com os seus trejeitos. Mas sempre quando me lembro de nós, lembro-me também que já não dávamos mais certo, que andávamos por caminhos de espinhos.
A verdade maior é que eu nunca consegui me enganar por muito tempo, pois sempre que tento me pego logo mostrando o obvio a mim mesma e o pior é que nunca consigo fechar os olhos quando faço isso.
Prometo-te uma coisa nessas dez e dez da manhã, que não irei te procurar e também não conseguirei te esquecer tão facilmente (ou talvez consiga), pois vou sentir falta dos nossos almoços, de você pegando em minha coxa enquanto dirigia, sentirei falta dos pães de queijo, falta de você me dizendo coisas bonitas, falta de nós dois formando um ser só, sentirei a ausência do seu gosto, do seu calor, dos seus olhares, de nossas brigas, das brincadeiras, das nossas risadas, da sua vivacidade que me motivava a te amar cada vez mais, sentirei falta principalmente de você.
Porque você não acreditou em mim? No meu amor eloqüente? Nas minhas verdades que saiam de mim tão espontaneamente? Por que você sempre me olhava com olhos de duvida? Merda, eu sou a sua maior certeza cara! Olha ai, o que você está fazendo comigo e com tudo o que restou de mim. Agora me encontro na sarjeta dos sentimentos, com olhos inchados e com pouca visão ocular, com dores de angustia e o pior estou aqui escrevendo uma historia mal escrita, contando para mim mesma algo que já sei, tentando com a minhas ultimas forças mostrar para mim que eu ainda tenho vez. Tentando gravar em minhas palavras as minhas lembranças, tentando esquecer o inesquecível. Eu te amo... Porra, ta vendo como não adiantou o esforço?!
(Ana Luiza G.)