Dia desses, andando pelo bairro onde moro, vi algo escrito
em um muro que me fez refletir, nele estava pinchado a seguinte frase: “Eleições,
não! Revoluções, sim!”. E logo à frente duas garis varrendo a calçada, elas
sorriam, aparentemente felizes e eu ainda um tanto quanto indignada com as
reflexões até então projetadas sobre a tal frase, analisei dês da reivindicação
política da frase até a influência que ela poderia causar sentimentalmente em
cada ser. É engraçado ver o mundo em um todo, tirando um pouco o nosso umbigo do
centro de nossas pupilas e passar assistir a vida sendo praticada no meio e
este meio influenciando a vida de cada ser.
Interpretei a tal frase levando em conta a realista indignação
que ela ascendia dentro de mim e o antagonismo ideológico que sentia quando a lia,
pois por parte concordava com “Eleições, não!” e em contrapartida defendia “Revoluções,
sim!”.
“Eleições, não! (...)”, concordei, pois acredito que com a complexa
política corrupta que existe em nossa pátria desde que Brasil é império, as
eleições que acontecem no mesmo acabam sendo invalidas e sem perspectiva de
melhorias, não quero dizer que brasileiro não presta para política, mas sim o que
disse logo acima, o meio influência o ser, então se você entra na política com
seus pensamento de um político com caráter, aos poucos você vai perdendo sua essência
e se torna mais um José Sarney ou mais um Collor e assim a nação permanece
calada, sem utilizar o livre arbítrio, estagnada e como as garis, aparentemente
felizes, com seu salário mínimo, com sua provável bolsa família, bolsa escola,
minha casa é minha vida e mais um monte de programa socioeconômico que o
governo pode fazer para manter a massa populacional em seu lugar, sem ter a inteligência
e o senso critico de requerer seus direitos.
“(...) Revoluções, sim!”, defendo com unhas e dentes, pois a
partir do momento que entendemos as “Eleições, não! (...)” nasce à vontade de reivindicar,
de fazer o possível e o impossível para que o Governo e seus governantes comecem
a olhar para a nossa população, para que eles parem de tentar nos enganar, de
roubar dinheiro de nós, brasileiros e que “Eleições, não! (...)” se torne ELEIÇÕES,
SIM, pois foi com revoluções que conquistamos o direito de eleger e é inaceitável
utilizar este direito de voto sabendo que 99% dos políticos que se elegem não
tem a correta postura para nos representar e para mudar a realidade atual de
nosso país.
Deixo então esta minha pequena tentativa de REVOLUÇÃO, SIM,
pois acredito que podemos mudar este cenário, e que temos a capacidade de
passar a influenciar o meio. As pessoas nada mais são que a materialização de emoções
e essas emoções podem mudar o mundo.
(Ana Luiza G.)